Norueguês quer atravessar o Pacífico em barco de madeira com tecnologia do Século 15

Uma expedição chamada Kon-Tiki2  almeja completar uma viagem de ida e volta de 10 mil quilômetros ao todo, partindo do porto peruano de Callao, utilizando barcos de madeira de 17 por 7 metros, apesar da opinião de especialistas navais, que afirmam ser impossível um empreendimento desse porte utilizando equipamentos tão limitados.

Segundo a BBC Brasil, na ida para a Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile mas está localizada na Polinésia, as duas balsas vão se aproveitar das correntes a favor e dos ventos do oceano. Com ventos que podem alcançar velocidades de 20 metros por segundo, as ondas poderão chegar a dez metros. Segundo Pal Borresen, diretor-executivo da expedição, a pesca torna-se quase impossível navegando nessas condições, o que obriga as embarcações a levarem, além da tripulação, uma grande quantidade de alimentos.

Tripulantes da Noruega, Suécia, Rússia, Grã-Bretanha, Peru, Chile, México, Canadá e Nova Zelândia (Foto: Javier Lizarzaburu)

Tripulantes da Noruega, Suécia, Rússia, Grã-Bretanha, Peru, Chile, México, Canadá e Nova Zelândia compõem a equipe (Foto: reprodução / Javier Lizarzaburu).

“Cada barco carrega 2,5 mil litros de água, cem quilos de laranjas, 200 quilos de arroz e 80 quilos de lentilhas”, afirmam os pesquisadores.

Os barcos usados nessa expedição são feitos de uma madeira nativa da América Latina (Equador). Elas foram enviadas para Callao, no Peru, onde uma equipe de 30 pessoas construiu as embarcações em três semanas.

“Os oceanos estão mudando muito rápido e ninguém está prestando atenção. É uma oportunidade de dar voz aos oceanos”, disse Cecilie Mauritzen, oceanógrafa e diretora científica da expedição. Durante a viagem, o trabalho de Mauritzen vai se concentrar na mudança climática, na contaminação das águas por partículas de plásticos e no fenômeno El Niño. “Os mares também estão ficando mais ácidos, mais quentes e com menos oxigênio”, afirmou ela.

O historiador e líder da expedição Torgeir Higraff acredita que o império inca estabeleceu vínculos regulares com a Polinésia (Foto: Javier Lizarzaburu).

O historiador e líder da expedição Torgeir Higraff acredita que o império inca estabeleceu vínculos regulares com a Polinésia (Foto: Javier Lizarzaburu).

A cientista Cecilie Maruitzen estuda as mudanças nos oceanos durante a viagem (Foto: Javier Lizarzaburu)

A cientista Cecilie Maruitzen estuda as mudanças nos oceanos durante a viagem (Foto: Javier Lizarzaburu)

Fonte: BBC Brasil.

DOAR PARA MANTER O SITE

Infelizmente as projeções indicam que não alcançarei a meta neste ano e lanço aos leitores o desafio de contribuírem para a manutenção do site. Se você acredita que o clubedoarrais.com presta um serviço relevante para a comunidade náutica amadora, por favor, considere participar deste esforço, doando qualquer valor que esteja ao seu alcance. Saiba mais AQUI.

clubedoarrais
clubedoarrais

Reginaldo Mauro Neves é fundador e administrador do Clube do Arrais. Mestre-Amador, Veterano da Marinha do Brasil | Ex-tripulante da Fragata "Liberal" (1991-1993) | Operador de Radar na Fragata "Independência" (1995-1997) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Dodsworth" (2000 - 2003) | Controlador Aéreo Tático Classe "Alfa" na Fragata "Greenhalgh" (2003 - 2005) | Encarregado da Seção de Segurança do Tráfego Aquaviário na Agência Fluvial de Imperatriz-MA (2008 - 2011)

Clube do Arrais Amador
Logo
Comparar itens
  • Total (0)
Comparar
Shopping cart